terça-feira, 10 de abril de 2012

A primeira paragem da nossa viagem

No dia 4 de Abril, fizemos a primeira paragem da viagem que iniciamos pelos livros e comentar As cidades invisíveis, que foi motivo de uma conversa animada.
Agradecemos aos nossos companheiros de leitura os comentários partilhados aqui! Foram feitas algumas sugestões sob o tema viagens que aqui mencionamos: Viagem a ver o que dá de Altino do Tojal, As viagens de Gulliver de Jonathan Swift, Uma viagem à Índia de Gonçalo M. Tavares.
A próxima paragem ficou marcada para a primeira quarta feira de Maio com :
A estrada de Cormac McCarthy.

Para além desta sugestão aqui deixamos outras que foram comentadas entre nós.















Partilhamos consigo o prazer da leitura!

2 comentários:

  1. Estimados co-leitores,

    É um livro bonito, dos que valem a pena e acrescentam.Acrescento modestamente:

    - As descrições das cidades são anacrónicas em relacção ao MP e KK, todavia "naturais"

    -Uma história (diálogos) dentro de outra (a descrição das cidades)

    - Eles não falam a mesma linguagem (excepto nos últimos diálogos), portanto KK entende o que deseja.

    - Italo Calvino leu Jorge Luis Borges;-))

    Uma Feliz Páscoa para todos,

    Luis Machado

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  2. Que dizer das cidades invisíveis? A primeira coisa que me ocorre é citar um outro livro onde se afirma que "O essencial é invisível aos olhos."
    Assim serão também estas cidades e as suas características tantas e afinal presentes em cada cidade visível e por nós efectivamente habitada.
    Alheando-me dos pragmatimos, não me importaria de viver numa Eutrópia e reinventar cada dia a minha vida.
    Mas é, afinal, o que as palavras deste livro me levam a fazer: uma verdadeira viagem invisível, "A minha mente continua a conter um grande número de cidades que não vi nem verei, nomes que trazem consigo uma figura ou fragmento ou o deslumbramento de uma figura imaginada ..."
    Achei deliciosas as conversas\debates entre Polo e Kublai Kan, as diferentes perspectivas de um e de outro e não resisto a transcrever uma delas:
    "Marco Polo descreve uma ponte, pedra a pedra.
    - Mas qual é a pedra que sustém a ponte? - pergunta Kublai Kan.
    - A ponte não é sustida por esta ou por aquela pedra - responde Marco -, mas sim pela linha do arco que elas formam.
    Kublai Kan permanece silencioso, reflectindo. Depois acrescenta:
    - Porque me falas de pedras? É só o arco que me importa.
    Polo responde: - Sem pedras não há arco."
    Com as nossas diferentes perspectivas e circunstâncias, é bem verdade: todos nós que habitamos em Beja, habitamos cidades diferentes e todos nós que lemos "As cidades Invisíveis" lemos garantidamente um livro diferente:
    "- Eu falo falo - diz Marco -, mas quem me ouve só fixa as palavras que deseja."
    ou
    "Quem comanda o conto não é a voz: é o ouvido."
    Excelente escolha para recomeço das actividades do Clube de Leitura. Obrigada a todos.
    Alinho com a Rita em "As viagens de Gulliver" para a próxima leitura mas existem tantas opções que o difícil mesmo é escolher ;-)
    Como gostaria de conhecer a V. opinião vou falando com todos à medida que vos for encontrando.
    Posso ainda referir que a minha edição do livro de Outubro de 2011 da Teorema já está de acordo com o desacordado acordo.
    E penso que ainda faz parte do que se pretende com o Clube, falar de outras leituras paralelas que vamos tendo. Deste modo, não posso deixar de falar apaixonadamente na Paixão de Almeida Faria e da Tetralogia Lusitâna e de outros livros deste autor que descobri o ano passado e que a Biblioteca ou tem ou disponibiliza via empréstimos inter-bibliotecas. E se se começar pela Paixão, então esta é uma boa época apara ler este livro.
    Uma Santa Páscoa a todos,
    V.

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