Segundo o autor “este não é um romance histórico” apesar de "os eventos, as situações, o ambiente, as personagens, os pequenos gestos do quotidiano"..."as instituições e os acontecimentos marcantes da época (a invasão moura, por exemplo)" devam "ser comprováveis, ou pelo menos sustentáveis perante especialistas."
Deste autor, apenas tinha lido os surreais mas pitorescos “Casos do Beco das Sardinheiras”. Assim, quando este livro veio ter comigo, seja de que maneira for, seja como for, são os livros que sempre escolhem o momento de vir ter connosco, muito longe de Tarcisis me encontrava eu. Tarcisis nunca existiu, diz o autor justificando a não classificação como romance histórico. Porém, Tarcisis sempre existiu, existe e continuará a existir. Existem as suas pequenas questões, factos do dia-a-dia de uma cidade ou de um país, existem as suas grandes questões, tomadas de decisões por causas públicas nem sempre conciliáveis com os interesses particulares, existem as suas pessoas, o povo e a vontade do povo, aqueles que mandam e a sua efemeridade, tantas vezes esquecida, de mandar, existem as acções praticadas em consciência com o dever de coisa bem feita, existem as acções praticadas por parecerem bem. Existem, enfim, o amor e a paixão. Neste império em princípio de fim de vida encontramo-nos actualmente. O mundo está a mudar muito depressa. O livro é um óptimo ponto de partida para uma reflexão dos tempos que vivemos. Saibamos nós ler os acontecimentos destes tempos. Nem sempre aquilo que nos parece hoje será a realidade amanhã. Por vezes, sem que nos consciencializemos, andam Deuses paseando pela brisa da tarde e esse passeio será não tanto o descanso depois de tarefas passadas mas preparo de outras mais esforçadas que virão. Afinal, a lonjura que me separa de Tarcisis talvez não se meça em unidades de distância.
Segundo o autor “este não é um romance histórico” apesar de "os eventos, as situações, o ambiente, as personagens, os pequenos gestos do quotidiano"..."as instituições e os acontecimentos marcantes da época (a invasão moura, por exemplo)" devam "ser comprováveis, ou pelo menos sustentáveis perante especialistas."
ResponderEliminarDeste autor, apenas tinha lido os surreais mas pitorescos “Casos do Beco das Sardinheiras”. Assim, quando este livro veio ter comigo, seja de que maneira for, seja como for, são os livros que sempre escolhem o momento de vir ter connosco, muito longe de Tarcisis me encontrava eu.
ResponderEliminarTarcisis nunca existiu, diz o autor justificando a não classificação como romance histórico. Porém, Tarcisis sempre existiu, existe e continuará a existir. Existem as suas pequenas questões, factos do dia-a-dia de uma cidade ou de um país, existem as suas grandes questões, tomadas de decisões por causas públicas nem sempre conciliáveis com os interesses particulares, existem as suas pessoas, o povo e a vontade do povo, aqueles que mandam e a sua efemeridade, tantas vezes esquecida, de mandar, existem as acções praticadas em consciência com o dever de coisa bem feita, existem as acções praticadas por parecerem bem. Existem, enfim, o amor e a paixão.
Neste império em princípio de fim de vida encontramo-nos actualmente. O mundo está a mudar muito depressa. O livro é um óptimo ponto de partida para uma reflexão dos tempos que vivemos. Saibamos nós ler os acontecimentos destes tempos.
Nem sempre aquilo que nos parece hoje será a realidade amanhã. Por vezes, sem que nos consciencializemos, andam Deuses paseando pela brisa da tarde e esse passeio será não tanto o descanso depois de tarefas passadas mas preparo de outras mais esforçadas que virão.
Afinal, a lonjura que me separa de Tarcisis talvez não se meça em unidades de distância.