sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Outras sugestões do Clube de Leitura


O Clube de Leitura realiza-se na primeira quarta-feira de cada mês, na Biblioteca Municipal pelas 21h00. 
Em cada sessão comenta-se um livro,  que é a leitura comum para todos os membros e que deixamos aqui como sugestão, mas... também lhe deixamos aqui outras sugestões que poderá encontrar na Biblioteca!





A Cidade de Ulisses, Teolinda Gersão
Caixa inglesa, Olga Gonçalves
O garden-party, Katherine Mansfield
Capitães da areia, Jorge Amado
Suicídios Exemplares, Enrique Vila-Matas
O mistério da cripta assombrada, Eduardo Mendoza
O hipopótamo de Deus, José Tolentino Mendonça
O grito da gaivota, Emmanuelle Laborit
Na outra margem da memoria, Vladimir Nabokov
O adeus às armas, Ernest Hemingway

Aceite a nossa sugestão.

Partilhamos consigo o prazer da leitura!

Lo-li-ta



“Lolita, luz da minha vida, fogo da minha virilidade. Meu pecado, minha alma. Lo-li-ta: a ponta da língua faz uma viagem de três passos pelo céu da boca abaixo e, no terceiro, bate nos dentes. Lo. Li. Ta.”
Assim começa o livro sobre o qual nos debruçamos na última sessão do Clube de Leitura. 

Um dos romances, em língua inglesa,  mais célebres do séc.XX, escrito por Vladimir Nabokov e que não deixa ninguém indiferente, de sentimentos antagónicos, amoral (segundo o próprio autor “Lolita não traz a reboque moral alguma), que escandaliza e que nos coloca na dúvida de quem será a presa e quem é o predador.

O livro fala de um homem de meia-idade, obsessivo e cínico, seduzido por uma garota de doze anos, ingenuamente  perversa. Biográfico perguntaremos ao lê-lo?!  “Lolita”, segundo Nabokov, não foi inspirada em nenhuma personagem real, muito menos o sedutor de meia idade Humbert Humbert. "Lolita é ficção da minha imaginação. Quando pensei no tema, não pensei em nenhuma garota especificamente. Na verdade, eu não conheço meninas tão bem, apenas as havia encontrado socialmente ao longo da vida. Humbert também nunca existiu. É um homem que eu inventei, um homem com uma obsessão, assim como muitos dos meus personagens sofrem de algum tipo de obsessão. Enquanto eu escrevia o livro, vários casos de homens mais velhos perseguindo jovens garotas começaram a ser publicados nos jornais, mas eu encarava isso apenas como uma interessante coincidência", declarou o autor em entrevista a BBC inglesa concedida em 1962.

“Lolita” tornou-se num clássico, exaustivamente analisado e discutido nos círculos psiquiátricos, a versão moderna da história do “Capuchinho vermelho e do lobo mau”. Hoje faz parte do imaginário coletivo, e até o nome da personagem tornou-se um substantivo corrente, que foi adaptado em  duas versões cinematográficas e continua a inspirar artistas plásticos, fotografos, cantores, escritores, comportamentos, tendências de moda...








Na próxima sessão, marcada para dia 5 de Fevereiro,  iremos ler "Crónica do rei pasmado" de Gonzalo Torrente Ballester. 








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